domingo, 27 de outubro de 2019

Inovação Tecnológica, Desemprego e Novas Profissões


     Em mercados competitivos, as empresas buscam novos conhecimentos tecnológicos e a pratica da inovação como forma de reduzirem as incertezas e estarem competitivas, para que assim, possam sobreviver no ambiente no qual estão inseridas. Isto é um fato já conhecido, estudado e aplicado no mercado atual.
    Segundo,  JIN; VON ZEDTWITZ, 2008, Capacidade Tecnológica é a capacidade de fazer uso eficaz de conhecimento e habilidades técnicas, não apenas na melhoria e desenvolvimento de produtos e processo, como também na melhoria de tecnologias existentes, além de gerar novos conhecimentos e habilidades em resposta ao ambiente competitivo de negócios.
    Estes conhecimentos levaram à  modernização das empresas, aumento de lucro, aumento de produção em escala, criação de novos produtos, criação de novas fábricas e desenvolvimento de países, enfim, uma melhora muito grande em torno do desenvolvimento humano social e industrial.
     E contrapartida trouxe ao debate a relação entre inovação tecnológica e emprego. Esta discussão tem sido acirrada desde a primeira revolução industrial. E períodos de forte crescimento econômico as teses tentam valorizar os efeitos positivos do progresso técnico, já em períodos de crise o progresso técnico é o grande responsável pela redução de empregos.

       Se a máquina é inocente das misérias que ela causa (Marx, 1975) o desemprego é, contraditoriamente, consequência do desenvolvimento do progresso técnico. E outras palavras, embora a inovação tecnológica seja a dinâmica da agregação de valor para as empresas ela move-se contra os trabalhadores que não conseguem acompanhar o desenvolvimento tecnológico.
     Estudos indicam que até 2030 um terço dos postos de trabalho em países mais desenvolvidos como Japão, Reino Unido, Estados Unidos, podem ser ocupados por robôs. O trabalho robotizado irá além de tarefas repetitivas , com o desenvolvimento da inteligência artificial, das redes neurais as máquinas podem fazer parte nos processos decisórios, segundo Arthur Igreja professor da FGV-RJ.  profissões como piloto de avião, anestesistas, contadores, auditores, analistas financeiros serão substituídas por softwares. No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a perda de 7,1 milhões de empregos, principalmente, relacionados a funções administrativas e industriais.  
      A previsão do  fim de uma determinada profissão, entretanto, não deve ser necessariamente algo apocalíptico e desesperador, cabe ao profissional observar as tendências e se antecipar às mudanças, traçar um plano de carreira e se preparar para as transformações que virão com as novas tecnologias. O profissional que se antecipar estará à frente no mercado.
    Novas profissões irão surgir, A Cognizant, uma das maiores empresas de tecnologia de informação do mundo, baseando-se em macrotendências atuais em diversas áreas, como meio ambiente, migração, biotecnologia e demografia criou as previsões de novas profissões como: Fazendeiro de Carbono, Engenheiro de Impressão 3-D, Detetive de dados, Analista de Cybercidade, Diretor de portfólio Genômico, entre outras. Parece até ficção científica.                           O trabalho vai mudar, mas não vai sumir,  enfim, é uma discussão complexa e com certeza vai continuar com o decorrer dos anos. O avanço tecnológico é necessário e fundamental, portanto uma compreensão, aceitação e adaptação aos novos tempos e tipos de profissão é fundamental para as gerações futuras. Não podemos apenas culpar a tecnologia pelo desemprego, temos que nos capacitar e estarmos preparados para conviver e usufruir destas mudanças. 

Referências:



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