Desde
os primórdios da humanidade a busca pelo novo encontra-se enraizada em sua
historia, podemos notar isso com o próprio processo evolutivo explicado por
Darwin e sua teoria da evolução, onde a seleção natural desempenha o papel de
impulsionador dessa modificação, sempre nos obrigando a criar novos mecanismos
e a armazena conhecimento de gerações passadas para garantir a nossa
sobrevivência, dessa forma a inovação desempenhou o papel de luz para a
sociedade, guiando-a sempre para um novo amanhã. Mas a grande pergunta é, onde
essa luz responsável por nos garantir a vida está? A resposta para essa
pergunta encontra-se bem diante de nós, ou melhor, em nós.
Todos carregam em si a luz da inovação, pois todos
possuem o espirito inovador, o que pode deixar muita gente cética, já que as
pessoas inovadoras são vistas como pontos fora da curva em nossa sociedade e de
fato, ao juntarmos inovação com talento os pontos fora da curva acabam por
surgi, tornando-se nossos faróis que nos guia para o desconhecido, mas é
importante entender que todos possuem a faísca para esse lado, o grande ponto
está em quem dispõe tempo e esforço para lapidar tais características. Hoje,
venho relembrar um ícone de nosso país que ainda é considerado um dos faróis da
humanidade para o longo caminho da inovação, sendo que foi obrigado a lapidar
seu lado inovador para poder chegar ao seu trono, o famoso Machado de Assis.
Nascido em Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839, no
Morro do Livramento, Joaquim Maria Machado de Assis pertencia a uma família com
poucos recursos financeiros onde o pai Francisco José de Assis trabalhava como
pintor e dourador e sua mãe Maria Leopoldina Machado de Assis acabou por
falecer quando ele ainda era jovem, como sua irmã. Nesse ponto de sua vida
gostaria de destacar o fato de que ele mal estudou em escola pública e não
pertenceu a uma universidade, mesmo assim conseguiu trilhar o seu caminho em
uma época bastante conturbada pelos acontecimentos históricos, como a Abolição
da escravatura e a mudança política no país quando a República substituiu o
Império, conseguindo adquirir títulos de jornalista, contista, cronista,
romancista, poeta e teatrólogo, bem como conseguiu fundar a cadeira nº. 23 da
Academia Brasileira de Letras.
Isso foi possível graças ao seu esforço em se inovar,
buscando sempre sua ascensão social abastecendo-se de superioridade intelectual
e da cultura da capital, o que proporcionou inúmeros cargos públicos, como
Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas e adquirindo
notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas ainda em
sua juventude. Este ambiente em que se introduziu foi de estrema importância para
aumentar seu networking com profissionais já renomados na área da literatura
que o motivaram e encorajava-o a escrever.
Quanto a suas obras, Machado de Assis foi um escritor que
conseguiu abranger boa parte dos gêneros literários, porém foi no romance e no
conto em que atingiu o pico de sua produção literária, a qual se divide em duas
fases distintas. A primeira tem um grande foco nos aspectos do romantismo, onde
a construção da historia é feita com a introdução de mistérios e uma narrativa
de caráter linear, sendo que o desfecho da historia podia ser tanto feliz
quanto trágica, o grande ponto, para nós que procuramos a luz da inovação está
no fato de que seus traços fugiam de um padrão da época, o autor não fez uso da
extravagancia sentimental em seus personagens, conferindo-lhes um viés mais
ambicioso, a qual em minha opinião conferiu mais humanidade às obras, outro
ponto de destaque em suas inovações está na própria escrita, essa passou a ser
menos descritiva por não se apoiar tanto aos adjetivos o que tornou a leitura
mais dinâmica.
Machado de Assis conseguiu fazer de seu nome memoráveis
por diversos fatores, mas o que mais me fascina é pelo fato de permiti que o
leitor vivenciasse os eventos político-sociais de sua época através de suas
obras, ele foi capaz de se aventurar por um rumo tido por muitos como delicado
ao se tratar de temas polêmicos que acabavam de florescer naquele contesto
histórico. Isso nos traz a sua segunda fase, onde seus livros são considerados
mais ricos, sendo nessa fase em que o escritor introduz a literatura brasileira
o Realismo, contudo Machado se difere nesse movimento por introduzir uma
análise mais profunda na psicologia dos personagens, os que por sua vez expõem
a fragilidade existencial na relação dele e com os outros personagens.
Ele era um farol, um inovador inigualável em sua área,
mas acima de tudo Machado também era como todos nós, um humano de carne e osso,
teve sonhos e criou ambições. Ele, assim como todo mundo, amou, seu nome era
Carolina Augusta Xavier a irmã do poeta português Faustino Xavier de Novais que
era um grande amigo de Machado, a qual o inspirou a escrever um de seus mais
famosos poemas 'A Carolina', destinado a sua falecida amada e a ela se juntou
em 29 de setembro de 1908.
Referencias:
http://www.academia.org.br/academicos/machado-de-assis/biografia#targetText=Biografia&targetText=Machado%20de%20Assis%20(Joaquim%20Maria,da%20Academia%20Brasileira%20de%20Letras.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis
https://www.ebiografia.com/machado_assis/
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/machado-de-assis.htm
http://3minovacao.com.br/aprenda/cursos/os-tipos-de-inovacao
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