quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Joaquim Maria Machado de Assis



Desde os primórdios da humanidade a busca pelo novo encontra-se enraizada em sua historia, podemos notar isso com o próprio processo evolutivo explicado por Darwin e sua teoria da evolução, onde a seleção natural desempenha o papel de impulsionador dessa modificação, sempre nos obrigando a criar novos mecanismos e a armazena conhecimento de gerações passadas para garantir a nossa sobrevivência, dessa forma a inovação desempenhou o papel de luz para a sociedade, guiando-a sempre para um novo amanhã. Mas a grande pergunta é, onde essa luz responsável por nos garantir a vida está? A resposta para essa pergunta encontra-se bem diante de nós, ou melhor, em nós.
            Todos carregam em si a luz da inovação, pois todos possuem o espirito inovador, o que pode deixar muita gente cética, já que as pessoas inovadoras são vistas como pontos fora da curva em nossa sociedade e de fato, ao juntarmos inovação com talento os pontos fora da curva acabam por surgi, tornando-se nossos faróis que nos guia para o desconhecido, mas é importante entender que todos possuem a faísca para esse lado, o grande ponto está em quem dispõe tempo e esforço para lapidar tais características. Hoje, venho relembrar um ícone de nosso país que ainda é considerado um dos faróis da humanidade para o longo caminho da inovação, sendo que foi obrigado a lapidar seu lado inovador para poder chegar ao seu trono, o famoso Machado de Assis.
            Nascido em Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento, Joaquim Maria Machado de Assis pertencia a uma família com poucos recursos financeiros onde o pai Francisco José de Assis trabalhava como pintor e dourador e sua mãe Maria Leopoldina Machado de Assis acabou por falecer quando ele ainda era jovem, como sua irmã. Nesse ponto de sua vida gostaria de destacar o fato de que ele mal estudou em escola pública e não pertenceu a uma universidade, mesmo assim conseguiu trilhar o seu caminho em uma época bastante conturbada pelos acontecimentos históricos, como a Abolição da escravatura e a mudança política no país quando a República substituiu o Império, conseguindo adquirir títulos de jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, bem como conseguiu fundar a cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras.
            Isso foi possível graças ao seu esforço em se inovar, buscando sempre sua ascensão social abastecendo-se de superioridade intelectual e da cultura da capital, o que proporcionou inúmeros cargos públicos, como Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas e adquirindo notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas ainda em sua juventude. Este ambiente em que se introduziu foi de estrema importância para aumentar seu networking com profissionais já renomados na área da literatura que o motivaram e encorajava-o a escrever.
            Quanto a suas obras, Machado de Assis foi um escritor que conseguiu abranger boa parte dos gêneros literários, porém foi no romance e no conto em que atingiu o pico de sua produção literária, a qual se divide em duas fases distintas. A primeira tem um grande foco nos aspectos do romantismo, onde a construção da historia é feita com a introdução de mistérios e uma narrativa de caráter linear, sendo que o desfecho da historia podia ser tanto feliz quanto trágica, o grande ponto, para nós que procuramos a luz da inovação está no fato de que seus traços fugiam de um padrão da época, o autor não fez uso da extravagancia sentimental em seus personagens, conferindo-lhes um viés mais ambicioso, a qual em minha opinião conferiu mais humanidade às obras, outro ponto de destaque em suas inovações está na própria escrita, essa passou a ser menos descritiva por não se apoiar tanto aos adjetivos o que tornou a leitura mais dinâmica.
            Machado de Assis conseguiu fazer de seu nome memoráveis por diversos fatores, mas o que mais me fascina é pelo fato de permiti que o leitor vivenciasse os eventos político-sociais de sua época através de suas obras, ele foi capaz de se aventurar por um rumo tido por muitos como delicado ao se tratar de temas polêmicos que acabavam de florescer naquele contesto histórico. Isso nos traz a sua segunda fase, onde seus livros são considerados mais ricos, sendo nessa fase em que o escritor introduz a literatura brasileira o Realismo, contudo Machado se difere nesse movimento por introduzir uma análise mais profunda na psicologia dos personagens, os que por sua vez expõem a fragilidade existencial na relação dele e com os outros personagens.
            Ele era um farol, um inovador inigualável em sua área, mas acima de tudo Machado também era como todos nós, um humano de carne e osso, teve sonhos e criou ambições. Ele, assim como todo mundo, amou, seu nome era Carolina Augusta Xavier a irmã do poeta português Faustino Xavier de Novais que era um grande amigo de Machado, a qual o inspirou a escrever um de seus mais famosos poemas 'A Carolina', destinado a sua falecida amada e a ela se juntou em 29 de setembro de 1908.




              Referencias:

http://www.academia.org.br/academicos/machado-de-assis/biografia#targetText=Biografia&targetText=Machado%20de%20Assis%20(Joaquim%20Maria,da%20Academia%20Brasileira%20de%20Letras.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis

https://www.ebiografia.com/machado_assis/

https://brasilescola.uol.com.br/biografia/machado-de-assis.htm

http://3minovacao.com.br/aprenda/cursos/os-tipos-de-inovacao

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