sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Empreendedorismo e Inovação social


Inovação social são iniciativas vistas sob a perspectiva de atender demandas para o bem estar da sociedade. O empreendedorismo social está diretamente relacionado com este conceito, sob a perspectiva da economia solidária. A ideia é que a inovação social seja capaz de solucionar problemas da iniciativa privada, das organizações do terceiro setor, do governo e da sociedade civil. Ou seja, a inovação visa o alcance de soluções efetivas, sustentáveis e justas não apenas para um grupo de pessoas isolado, mas para toda a comunidade.

O termo economia solidária ganhou expressão no Brasil ao longo dos anos 90, à medida que iniciativas econômicas deste tipo despontaram no país notabilizando-se e sendo reconhecidas por sua natureza associativa e suas práticas de cooperação e autogestão. A economia solidária abrange categorias sociais e modalidades diversas de organização, tais como unidades informais de geração de renda, associações de produtores e consumidores, sistemas locais de troca, comunidades produtivas e cooperativas dedicadas a produção de bens, à prestação de serviços, à comercialização e ao crédito.
O empreendedorismo social é focado no conceito de criação de soluções de situações onde o estado não consegue atender de maneira satisfatória às demandas sociais.
Algumas ações proporcionadas pela inovação social são: Redução da desigualdade de renda, inclusão dos menos favorecidos, melhores condições de trabalho, educação e saúde acessíveis a todos, diminuição do desemprego, erradicação dos maus tratos a criança e idosos, programas para minimizar a poluição e as alterações climáticas, entre outros.
A Artemisia, uma organização sem fins lucrativos, pioneira na disseminação de fomentos de negócios de impacto social no Brasil,  vem difundindo o tema desde 2004 tem como lema “ entre ganhar dinheiro e mudar o mundo, fique com os dois” – Lucro do bem. Ela já acelerou mais de 180 negócios e capacitou outros 500 e atualmente possui uma parceria com o Facebook.
A empresa apoia projetos onde além de montar seu próprio negócio procura contribuir para um mundo mais justo. São os Negócios de Impacto Social (NIS). Não deve ser confundido com Organizações Não Governamentais (ONG), organizações sem fins lucrativos. O NIS tem como intenção maior a transformação social, mas também tem um modelo que garante a rentabilidade.
Um exemplo de uma empresa apoiada para Artenisia é a startup Geekie, uma plataforma de tecnologia de ensino adaptativo que ajuda na preparação dos estudantes para fazer o Enem. Para cada escola particular que a empresa vende o serviço ela oferece o mesmo serviço para uma escola pública. A empresa hoje se tornou uma política pública e é oferecida pelo INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Outro exemplo de startup acelerada pela Atermisia é o portal Saútil, que nasceu da constatação de que pacientes não sabiam que tinham direito a determinados remédios gratuitamente, ou a preços populares. Na plataforma, basta qualquer paciente escrever seu CEP para saber qual o local mais próximo para buscar o medicamento de baixo custo, ou gratuitamente. A plataforma tem ainda o serviço Saútil Com Você, um serviço de orientação para pessoas tirarem suas dúvidas acerca da saúde 24hs, possui enfermeiros dispostos a atender e pesquisar quaisquer demandas em saúde. Os serviços custa R$10,00 por pessoa por mês.
Para gerar um impacto social, uma empresa não pode resolver um problema localizado apenas. Esta solução precisa ser replicada em outros lugares, outros países, ou seja tem que ter escalabilidade.
Estas iniciativas mostram que obter lucro, não impede que as empresas possam ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Quebra esse paradigma e o principal mostra que podemos viver sem o assistencialismo e a dependência “da boa vontade” do estado.












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