Inovação social
são iniciativas vistas sob a perspectiva de atender demandas para o bem estar
da sociedade. O empreendedorismo social está diretamente relacionado com este
conceito, sob a perspectiva da economia solidária. A ideia é que a inovação
social seja capaz de solucionar problemas da iniciativa privada, das organizações
do terceiro setor, do governo e da sociedade civil. Ou seja, a inovação visa o
alcance de soluções efetivas, sustentáveis e justas não apenas para um grupo de
pessoas isolado, mas para toda a comunidade.
O termo economia
solidária ganhou expressão no Brasil ao longo dos anos 90, à medida que
iniciativas econômicas deste tipo despontaram no país notabilizando-se e sendo
reconhecidas por sua natureza associativa e suas práticas de cooperação e
autogestão. A economia solidária abrange categorias sociais e modalidades
diversas de organização, tais como unidades informais de geração de renda,
associações de produtores e consumidores, sistemas locais de troca, comunidades
produtivas e cooperativas dedicadas a produção de bens, à prestação de
serviços, à comercialização e ao crédito.
O empreendedorismo
social é focado no conceito de criação de soluções de situações onde o estado
não consegue atender de maneira satisfatória às demandas sociais.
Algumas ações proporcionadas
pela inovação social são: Redução da desigualdade de renda, inclusão dos menos
favorecidos, melhores condições de trabalho, educação e saúde acessíveis a
todos, diminuição do desemprego, erradicação dos maus tratos a criança e
idosos, programas para minimizar a poluição e as alterações climáticas, entre
outros.
A Artemisia, uma
organização sem fins lucrativos, pioneira na disseminação de fomentos de
negócios de impacto social no Brasil, vem difundindo o tema desde 2004 tem como lema
“ entre ganhar dinheiro e mudar o mundo, fique com os dois” – Lucro do bem. Ela
já acelerou mais de 180 negócios e capacitou outros 500 e atualmente possui uma
parceria com o Facebook.
A empresa apoia
projetos onde além de montar seu próprio negócio procura contribuir para um
mundo mais justo. São os Negócios de Impacto Social (NIS). Não deve ser
confundido com Organizações Não Governamentais (ONG), organizações sem fins
lucrativos. O NIS tem como intenção maior a transformação social, mas também
tem um modelo que garante a rentabilidade.
Um exemplo de
uma empresa apoiada para Artenisia é a startup Geekie, uma plataforma de tecnologia
de ensino adaptativo que ajuda na preparação dos estudantes para fazer o Enem.
Para cada escola particular que a empresa vende o serviço ela oferece o mesmo
serviço para uma escola pública. A empresa hoje se tornou uma política pública
e é oferecida pelo INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira.
Outro exemplo de
startup acelerada pela Atermisia é o portal Saútil, que nasceu da constatação
de que pacientes não sabiam que tinham direito a determinados remédios gratuitamente,
ou a preços populares. Na plataforma, basta qualquer paciente escrever seu CEP
para saber qual o local mais próximo para buscar o medicamento de baixo custo,
ou gratuitamente. A plataforma tem ainda o serviço Saútil Com Você, um serviço
de orientação para pessoas tirarem suas dúvidas acerca da saúde 24hs, possui
enfermeiros dispostos a atender e pesquisar quaisquer demandas em saúde. Os
serviços custa R$10,00 por pessoa por mês.
Para gerar um
impacto social, uma empresa não pode resolver um problema localizado apenas.
Esta solução precisa ser replicada em outros lugares, outros países, ou seja
tem que ter escalabilidade.
Estas iniciativas
mostram que obter lucro, não impede que as empresas possam ajudar a melhorar a
qualidade de vida das pessoas. Quebra esse paradigma e o principal mostra que
podemos viver sem o assistencialismo e a dependência “da boa vontade” do
estado.
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