Parcerias entre empresas e instituições de ensino
As
universidades são produtoras de conhecimento e o compartilhamento com as
empresas é importante para as atividades inovadoras. A tríplice hélice reconhece
a importância do relacionamento entre as organizações, as universidades tem o
papel de gerar e fazer a transferência de conhecimentos (ETZKOWITZ, LEYDESDORFF;2000)
gerando novos matérias, processos, tecnologias, mão de obra qualificada entre
outros.
De acordo com uma pesquisa feita na China por Zhimin,
Zhongpeng e Jin (2016) aproximadamente 90% das universidades e institutos de
pesquisa se motivam a fazer parcerias com empresas para melhorar os padrões acadêmicos
e sua capacidade de P&D. Para as empresas a mesma porcentagem acredita que
a cooperação melhora sua lucratividade e os padrões de pesquisa e desenvolvimento.
Para Noveli e Segatto (2012) os motivadores para as
universidades são: : i) possibilidade de obtenção de recursos financeiros
adicionais; ii) realização da função social da universidade no desenvolvimento
econômico regional; iii) aumento do conhecimento sobre os problemas existentes;
iv) incorporação de novas informações nos processos de ensino e pesquisa; v)
divulgação da imagem da universidade; e vi) acesso a equipamentos modernos.
Já para as empresas são: i) acesso a recursos humanos
altamente qualificados e a novos conhecimentos; ii) redução de custos e riscos;
iii) resolução de problemas técnicos específicos ou acesso às soluções; iv)
crença no valor estratégico da inovação tecnológica a curto e longo prazos; v)
acesso a recursos públicos; e vi) elevação da complexidade e rapidez do
desenvolvimento das novas tecnologias.
Algumas dificuldades encontradas para o desenvolvimento
do relacionamento são a ausência de cultura de inovação, descontinuidade de
projetos em virtude de problemas políticos ou de pessoal, preferência por
licenciar tecnologia ao invés de produzir, pouca valorização de capacitação
cientifica, visão da atividade da universidade como abstrata, lentidão em
trâmites para aprovação de convênios, ausência de uma cultura de
comercialização de pesquisa tecnológica pelos acadêmicos e pesquisas distantes
da realidade do setor produtivo.
Apesar dos desafios e de extrema importância a cooperação
entre as organizações como demostra a empresa britânica líder em laticínios
Dairy Crest com a Uiversidade Harper Adams, em Shropshire na Inlaterra especializada
em agro alimentação criaram uma parceria voltada a P&D que tem como objetivo
motivar jovens na carreira voltada ao agronegócio e manter a mão de obra
qualificada no pais como também a criação de novas tecnologias, conhecimentos e
produtos.
Outro exemplo que já dura mais de 10 anos é a parceria
entre a Audi e a Universidade Széchenyi István na Hungria que permite o
desenvolvimento de pesquisas, currículos e cursos em gestão, engenharia e
fabricação de veículos e o fornecimento de experiencia prática para os alunos
além de atrair estudantes experientes para a empresa e retendo a mão de obra
qualificada.
Para que a colaboração entre as organizações com
objetivos diferentes funcione é importante uma boa comunicação e reciprocidade,
onde as empresas devem entender que os processos são complexos, imprevisíveis e
incrementais. Já as universidades devem aumentar a comunicação com a empresa, criar
uma cultura empreendedora e estruturar um ambiente para gerir os acordos.
Referências:
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/desenvolvimentoemquestao/article/view/5980/5865
https://ub-cooperation.eu/pdf/cases/E_Case_Study_Audi.pdf
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