Avaliando a inovação
A avaliação das inovações é de extrema importância tanto para as
empresas que necessitam gerenciar e controlar a infinidade de ideias e
conceitos e para a alocação eficiente de recursos e avaliação do desempenho em
cada fase do processo de inovação (Evanschitzky,2012 ; Dewangan e Godse,2014).
Logo, o uso de indicadores ajuda na avaliação mais clara de diferentes
propostas, no andamento do projeto e podendo também chamar atenção de
investidores para financiar novos empreendimentos. Para fazer a análise é necessário
estar ciente de que inovação é uma nova ideia comercializada com sucesso, ou
seja “invenção mais exploração” de acordo com Roberts (1998,p.13).
Os indicadores são considerados como valores medidos que
fornecem informações que facilitam o entendimento (Born,1997). Para Borrás e
Edquist (2013) é necessário entender a diferença entre indicador, fator e
dimensão, onde dimensão é um amplo campo onde se categoriza os indicadores
através de fatores, por exemplo, a dimensão mercado tem como fator a satisfação
do cliente que por sua vez tem como um indicador o número de reclamações de
clientes (Becheikh,2006; Fraunhofer-Institut, 2007). A pesquisa feita pelo
Boston Consulting Group, 74% dos gerentes acreditavam que o rastreamento da
inovação deveria ser incluído nos processos centrais de negócios, mas apenas
43% das empresas realmente mediram inovações. Além disso, 59% das empresas
observaram que seu sistema de medição de desempenho de inovação não era eficaz
(Dewangan e Godse,2014).
Para auxiliar nas medições um dos manuais mais conhecidos de
indicadores de inovação é o “Manual de Oslo de 2005 da OCDE” que contêm
diretrizes para coletar e usar informações cobre atividades de inovação, porem
alguns pesquisadores afirmam que os métodos recomendados nas literaturas são
muito teóricos e não são diretamente aplicáveis como citam Adams,2006 e
Cruz-Cázares,2013. Medir ideias e projetos em desenvolvimento é um grande
desafio, pois são incertos e podem mudar de maneiras inesperadas, além dos
indicadores de inovação são necessários adicionais para medir o ambiente.
De acordo com o modelo de Becheikh,2006 usado para sintetizar os
indicadores onde são classificados em dois conjuntos de dimensões principais a
contextual onde se encontra a relação da empresa com o ambiente e a segunda
onde específica a empresas na sua forma cultural, estratégica e estrutural, onde por fim se
relacionam em um terceiro conjunto que mostra a relação do ambiente e da
estrutura da empresa com a inovação no processo como mostra a Figura 1 abaixo.
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Figura 1 . Estrutura de dimensão para sintetizar os indicadores de inovação com base na estrutura de dimensão de Becheikh et al. (2006) . |
A tabelas a seguir mostra alguns indicadores voltados para inovação entre 1980 e 2015 de acordo com a divisão feita acima por Becheikh:
Existem alguns métodos
que podem ser usados para estudar a inovação a partir dos indicadores como
mostra a Figura abaixo, onde a análise de regressão é aplicada com mais
frequência em 26,5% em comparação com os outros. As outras técnicas de
análise de dados para investigar a inovação são análise descritiva (21%) e análise
de correlação (14%). Os métodos apresentados mostram que a análise
fatorial (10%), a regressão dos mínimos quadrados ordinários (8%), o modelo de
equações estruturais (6,5%) e o modelo probit (6%) são os métodos mais
utilizados, porém ao analisar alguns indicadores acima podemos ver a falta de
dados quantitativos dificultando o estudo.
https://www.youtube.com/watch?v=k2iymNBSabc
Blind, Knut; Dziallas, Marisa. Innovation indicators throughout the
innovation process: An extensive literature analysis. Disponivel em: <https://doi.org/10.1016/j.technovation.2018.05.005> . Acesso em: 22/11/2019
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